Já sabemos que o e-commerce é uma realidade e um caminho sem volta. Com um crescimento de mais de 40%, o número de lojas online chegou a 1,3 milhão no país durante a pandemia do novo Corona Vírus (COVID-19) e 48% das lojas digitais são de empresas de pequeno porte, o que significa um enorme crescimento já que em 2019, 26% do e-commerce eram empresas com faturamento de até 250 mil por ano, segundo a pesquisa Perfil do e-commerce Brasileiro (E-commerce Brasil) e mapeamentos realizados pelo PayPal desde 2014.
Estruturar um e-commerce não é uma tarefa simples, e é muito mais importante do que se imagina. Se a concorrência já é acirrada nas lojas físicas, é ainda mais nas lojas digitais, onde há maiores facilidades para comparar produtos, preços e serviços, então para vender mais é preciso estruturar muito bem todo o ecossistema digital da sua empresa.
Pensando nisso, nós destacaremos alguns tópicos importantes para você revisar no seu processo e até mesmo para você que está na fase de construção do seu e-commerce.
A escolha de uma plataforma de e-commerce deve ser direcionada, não somente pelo preço, mas também pela usabilidade, integrações, segurança e estabilidade.
1 – Fácil de usar
Verifique se a plataforma escolhida é fácil de usar ou se exige um desenvolvedor específico para manuseá-la na sua empresa, ou até mesmo se precisará contratar uma empresa terceira para este fim. Existem diversas agências digitais que ofertam muitos serviços, como manutenção e gestão do site, sua indexação com os meios de buscas digitais como Google, Google ADS, interação e integração com redes sociais, produção de conteúdos para atrair novos consumidores etc.
A facilidade do uso e manuseio deve ser avaliada tanto nos painéis de administração, bem como na experiência do usuário final, pois se o consumidor tiver dificuldade para encontrar as informações, acessar o carrinho ou até mesmo no momento de finalizar a compra, ele vai desistir e você vai perder a venda. Em alguns casos, o site é simples, leve e super fácil de navegar, mas no momento de finalizar a compra se torna bem complicado, por isso verifique se o checkout da plataforma é simples e fácil.
2 – Versões e Integrações
Algumas plataformas oferecem versões gratuitas, mas note que elas podem ser bem limitadas tanto na personalização como na interação com meios de pagamento, processos de segurança e antifraude, conexão com sistemas de atendimento e chatbots, conexão com o shopping das redes sociais ou até mesmo com marketplaces.
3 – Quantidade de produtos
Verifique se há limitação na quantidade de produtos (SKU = Referência + cor + tamanho) inseridos no site e se a limitação imposta é o suficiente para a sua coleção em curto, médio e longo prazo e da mesma forma, como funciona a cobrança adicional ou novos patamares de quantidades/preços.
Para uma empresa de moda, esse fator é rigorosamente importante, pois a quantidade de SKU numa coleção geralmente é enorme e vale observar que será sempre crescente, por exemplo: se a sua empresa tiver 100 produtos (referências) e cada produto com 5 variações de cores e mais 5 variações de tamanhos, serão 2.500 SKUs, ou seja, 2.500 produtos/itens cadastrados no site. Se a sua loja lançar 4 coleções no ano, serão 10.000 SKU por ano sendo adicionados no site.
4 – Limitação de armazenamento
Concomitante à limitação de produtos, verifique se há limitação de armazenamento de informações, seus custos e se as regras são claras, pois a exemplo dos produtos, as informações serão sempre armazenadas de forma crescente e isso poderá se tornar uma bola de neve se você não tiver certeza de que os patamares e limitações podem atender amplamente a sua empresa. Lembre-se de que além dos cadastros de produtos, a sua loja terá fotos, de produtos, banners, vídeos etc. Tudo isso conta como armazenamento de dados.
5 – Estabilidade e disponibilidade
Em conjunto com todas as demais informações, verifique as garantias e índices de disponibilidade do site, em outras palavras, o seu site não pode ficar instável ou fora do ar no dia a dia, e nem mesmo se pode cogitar, por exemplo uma instabilidade nos períodos de comércio aquecido, como dia das mães, dia dos pais, dia dos namorados, dia das crianças e Natal. É importante checar se a plataforma está preparada para receber grandes fluxos de visitas e transacionar grandes fluxos de vendas, bem como a garantia e estabilidade com a conexão dos meios de pagamento e antifraude.
6 – Mensalidades
As plataformas também cobram por seus serviços de formas variadas, então você deve verificar atentamente essas questões para evitar surpresas na fatura do fornecedor.
Algumas plataformas cobram mensalidades fixas, outras cobram o valor fixo + percentual sobre vendas (%), outras apenas o percentual sobre vendas e outras ainda, em moedas estrangeiras. Verifique qual é a modalidade de cobrança da plataforma escolhida, se ela se encaixa no seu orçamento e se faz sentido para a sua empresa pensando no planejamento a curto, médio e longo prazo, antes mesmo de assinar o contrato.
Pageview – Verifique se há cobranças por cliques e acessos em cada página do seu site, se as regras são claras e fáceis de entender e se faz sentido para a estratégia da sua empresa ter um serviço com esse tipo de cobrança. Em geral, a regra do funil de vendas determina que quanto mais pessoas virem a sua vitrine, mais pessoas poderão entrar na sua loja e quanto mais pessoas entrarem na loja, maiores as chances de converter vendas, ou seja, para vender mais precisa atrair mais e isso significa mais cliques, mais pageviews.
Se você escolheu uma plataforma “grátis”, verifique com a agência de desenvolvimento do site quais são os custos de manutenção, se são fixos, pontuais e como se dará em cada manutenção básica como fotos, banners, vídeos etc. Em resumo, a plataforma pode não requerer um custo fixo, mas a agência sim, afinal você não poderá deixar o seu e-commerce sem manutenção.
7 – Integração com o seu ERP
É importantíssimo verificar se a plataforma escolhida está integrada com o seu sistema de gestão (ERP) e/ou se é possível integrá-lo, afinal toda a gestão do seu negócio deve ser realizada a partir do ERP. Uma confusão comum, é pensar que a plataforma de e-commerce é responsável pela gestão do negócio como um todo, o que é um engano.
A plataforma deve ter painéis gerenciais para checar resultados pertinentes ao e-commerce, como número de visitas, quantidade de carrinhos abandonados, campanhas, aprovação ou cancelamento de pedidos e pagamentos etc.
O ERP é responsável primeiramente, por todo o cadastro de produtos e preços, bem como a gestão de estoques, sejam eles dedicados ao e-commerce ou compartilhados entre loja física e digital. Gestão de compras, gestão financeira, gestão de produção (confecção) e canais de vendas como atacado, varejo, franquias etc.
É comum alguns desenvolvedores criarem mecanismos alternativos para integrar produtos e estoques, mas uma solução rápida, estável e segura só poderá proporcionar boa performance se for desenvolvida a partir da “API” (Application Programming Interface) que é um método global, sendo assim, a sua plataforma deverá disponibilizar toda a documentação da API para a integração com o ERP. Nesses casos, o ideal é sempre conversar com o seu parceiro fornecedor do sistema de gestão ERP antes mesmo de escolher a plataforma.
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