Entre 23 e 28 de outubro aconteceu a 42ª edição do SPFW (São Paulo Fashion Week) e, mais uma vez, grandes marcas e grandes estilista apresentaram suas criações e conceitos para a próxima temporada. Mas, quando começa a próxima temporada?
Se nos remetermos ao mundo da moda de 15 anos atrás (parece muito, mas estamos falando do início dos anos 2000) lembraremos de quanto tempo tínhamos que esperar para que as tendências apresentadas nas passarelas do mundo todo se convertessem em produtos para o público aqui no Brasil, até mesmo porquê, as diferenças de estações entre os hemisférios, sempre nos “deixavam defasados” em uma temporada.
É bem verdade que a indústria da moda no Brasil evoluiu muito e pode-se dizer que essa “defasagem” foi diminuindo a cada nova temporada e hoje, não parece existir diferença climática entre as estações, quem dirá então, nas vitrines das lojas, onde temos produtos de verão no inverno e vice-versa, sem falar em liquidações prematuras. Aí vem a pergunta: O que aconteceu com as coleções de primavera-verão e outono-inverno?
Já há alguns anos que vemos a cronologia das coleções sendo atropelada, principalmente após o surgimento do Fast Fashion, que por conceito, disponibiliza para os consumidores de forma rápida as novidades e tendências do mundo da moda e como resultado, temos coleções específicas para o Fast Fashion e em muitos casos, assinadas por estilistas renomados.
Mas o que isso tem a ver com o see now, buy now? Simplesmente TUDO. A partir de 2017, como apresentado no último SPFW, as marcas deverão disponibilizar suas coleções para os lojistas logo após os desfiles, ou seja, “veja agora e compre agora”. Então, comprar quase instantaneamente o que acabou de se ver no desfile é muito bom, certo? Para quem?
Se considerarmos a agilidade e dinamismo das confecções em popularizar as tendências e novidades, é uma ótima ideia, ainda mais com o crescimento das vendas através de redes sociais e e-commerce, então os consumidores poderão em poucos dias, comprar o que acabaram de ver nos desfiles. Mas como toda novidade, sempre haverá “pros e contras”.
Acredita-se que principalmente as marcas conceituadas por seus processos handmade (feito à mão) devem resistir ao see now buy now, já que seus processos produtivos são especialmente demorados por prezarem pela excelência e exclusividade dos seus produtos, além de muitas vezes confecciona-los com materiais (também) exclusivos ou limitados.
Para as pequenas confecções e aquelas que estão lutando a todo custo para se manterem vivas em tempos de crise econômica, essa nova tendência poderá simplesmente decretar suas mortes enquanto outras serão impulsionadas para o sucesso.
Fato é, que o SPFW deve se tornar um grande showroom como nos tempos promissores das confecções no Brasil. Resta saber quanto tempo as confecções, os lojistas e os consumidores levarão para se acostumarem com esse novo calendário.
Para a VerUP, especialista em sistemas de gestão (ERP) para confecções desde 1977, essas mudanças afirmam o conceito on time (na hora) utilizado em seus produtos há quase 20 anos. Quanto mais rápido tiver informações, mais rápido poderá planejar, produzir e entregar, ou seja, para vender mais e vender bem, é preciso ter informações estruturadas e em tempo real. Para o mundo see now, buy now, nada melhor do que um sistema “see now, use now”.
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